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Prefeitura iniciará limpeza de área utilizada por indígenas em Albatroz

10/03/2025

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Créditos: Reginaldo Leal

A área utilizada por tribos de indígenas caingangues em Imbé, desocupada no último sábado (8), começará a ser limpa pela prefeitura nos próximos dias. O local fica na esquina da Avenida Albatroz com a ERS-786, no balneário Albatroz.

Assim como ocorre anualmente, os indígenas vindos das cidades de Iraí e Nonoai procuram a prefeitura para requererem o uso da área pública. A prefeitura, por sua vez, disponibiliza uma área com infraestrutura básica para que tenham uma estada digna. Banheiros químicos, pontos de água e luz são ofertados gratuitamente durante todo o período em que ali permanecem.

Com o fim da temporada de verão e o retorno das tribos aos municípios de origem, a área foi deixada suja, repleta de lixo e entulhos. Pedaços de madeira, móveis e até mesmo roupas permaneceram no terreno cedido pelo município. O espaço, agora, será limpo com auxílio de máquinas.

Para o prefeito Ique Vedovato, o fato de o espaço cedido ficar em uma das principais entradas da cidade torna o fato ainda mais triste: o acúmulo de lixo às margens da ERS-786 chama atenção, de forma negativa, de quem chega no município.

“É um problema que enfrentamos todos os anos e que, infelizmente, ainda não conseguimos construir uma solução definitiva. Disponibilizamos um espaço público para os indígenas que chegam aqui e exigem seus direitos. Só que, infelizmente, quando eles deixam a cidade, a área pública fica repleta de lixo. E a limpeza acaba mobilizando equipes e maquinário que poderia ser utilizado em outros serviços”, explica Ique.

Ele lembra que, próximo do acampamento, há uma área licenciada para descarte de lixo que poderia ser utilizada para levar o entulho produzido. Também enfatiza que o município disponibiliza sacos de lixo e se coloca à disposição dos indígenas para auxiliar na organização e limpeza do acampamento quando encerra a temporada deles na cidade.

“Mas essa ajuda, infelizmente, sempre é negada, pelo fato deles resolverem ir embora sem comunicar a prefeitura, deixando todo o lixo produzido para que o município limpe e arque com esse custo. Caso resolvessem nos procurar, teríamos caçambas para ajudá-los recolherem todo o lixo, mas simplesmente vão embora e deixam esse caos, essa cena feia para que a gente resolva”, complementa o prefeito.


TEXTO: Talis Ramon

 

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