Foto: Ivan de Andrade Lixo eletrônico no destino certo: SEMMAPA lança projeto Caix

A Prefeitura de Imbé, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca e Agricultura (SEMMAPA), desenvolveu um projeto para atacar um dos principais problemas enfrentados hoje pelo município: o descarte inadequado do lixo em geral. Apesar de todas as campanhas, da fiscalização rigorosa por parte da SEMMAPA e do árduo trabalho diário das secretarias de Limpeza Urbana (SMLU) e de Obras e Viação (SMOV), além das subprefeituras de Mariluz e Santa Terezinha, são recorrentes os casos de descarte dos mais variados tipos de lixos nas esquinas, terrenos particulares, áreas públicas e até mesmo na beira-mar.

Para combater o descarte de lixo eletrônico, um dos materiais mais nocivos ao meio ambiente, a SEMMAPA criou o Projeto Caixatrônica. A proposta tem como objetivo fechar o ciclo do lixo eletrônico, resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos, dando a ele a destinação correta, quando já não houver mais utilidade. Contratada pela Prefeitura, a empresa de Reciclagem de Eletrônicos JGRecicla será responsável de recolher e dar o destino final do lixo eletrônico oriundo do município.

Com o elevado uso de equipamentos eletrônicos no mundo moderno, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado em locais adequados. Descarte esse que geralmente é feito quando o equipamento apresenta defeito ou se torna ultrapassado em comparação com outros de tecnologia mais avançada. Conforme explica a bióloga da SEMMAPA, Angelita Santos, o grande problema ocorre quando este material é descartado no meio ambiente. “A maioria destes equipamentos possui, em seus componentes, substâncias químicas como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio, entre outros elementos que, em contato com o solo, ocasionam a contaminação da água que bebemos, do lençol freático e do oceano, risco que se potencializa nas cidades litorâneas em razão da proximidade com o mar”, explica. E os riscos não param por aí. “Estas substâncias químicas também podem provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, nos terrenos baldios ou na própria rua. É um risco grave à saúde”, complementa.

Através do Projeto Caixatrônica, a SEMMAPA disponibilizará, em diversos pontos da cidade, caixas especiais onde a população poderá descartar o resíduo eletrônico. As caixas estarão disponíveis Centro Administrativo Municipal, no Prédio Anexo I, na Subprefeitura de Mariluz e na Subprefeitura de Santa Terezinha. Já os itens mais volumosos deverão ser descartados apenas na Subprefeitura de Santa Terezinha. Nas escolas de ensino fundamental a caixa permanecerá por 10 dias. Durante o período, servidores da SEMMAPA palestrarão à comunidade escolar, especialmente aos alunos, sobre os efeitos do descarte irregular de resíduo eletrônico.

Sobre o descarte de lixo eletrônico

Para não provocar a contaminação e poluição do meio ambiente, o correto é fazer o descarte de lixo eletrônico em locais apropriados como, por exemplo, empresas que atuam na área de reciclagem. Cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano no mundo. Entre os países emergentes, o Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico. A cada ano, o Brasil descarta cerca de 97 mil toneladas métricas de computadores, 2,2 mil toneladas de celulares e 17,2 mil toneladas de impressoras.

Cronograma da Caixatrônica

TEXTO: Talis Ramon